terça-feira, 23 de abril de 2013

A ESTUPIDEZ BUROCRÁTICA DE UMA NAÇÃO QUE FAZ HERÓIS




COMO SE FAZ UM HERÓI NO BRASIL.
Domingo infelizmente pela primeira vez eu tive vergonha de ser brasileiro e fiquei muito emocionado. Nas olimpíadas e Londres vimos o Arthur Zanetti num esforço sobre humano ganhar uma medalha de ouro na ginástica. Ele e seu técnico saíram de Londres crentes que suas vidas mudariam, no sentido de terem apoio e aparelhos adequados para treinar. O que se via no Ginásio de São Caetano é que ele divide o Ginásio com Crianças, o que é lindo, mas os aparelhos são, cordas podres, pesos feitos de cimento dentro de baldes. Arthur como os outros atletas tem de limpar os colchões de camas comuns nos quais treinam. Na hora do almoço é servido uma "marmitex" sem o menor cuidado nutricional que um atleta do porte dele necessita, assim quando ele acaba, ele próprio tem de lavar os talheres e copos que utilizou. Não tem banheiro, armários, alojamento. Almoça e dorme ali nos mesmos colchões para o treino vespertino, pois Arthur além de treinar 9 horas diárias, também não tem carro e nem verba do governo para transporte. Eu chorei copiosamente várias horas. Quantos heróis brasileiros morreram na pobreza no esquecimento por falta de apoio pela estupidez da BUROCRACIA? De todos, cerca e 90%, ou por essas condições lhes jogarem nos vícios, acidentados, cicatrizados ou deprimidos, João do Pulo, Garrincha, Alex, Assis. Arthur estuda com quase 90% de chances de nas próximas Olimpíadas disputar pela Bélgica, país que ofereceu cidadania, condições de que ele tenha dignidade para seguir sua brilhante carreira.
Tudo bem, quantos milhões de brasileiros passam fome? Milhões, é errado.
Quantos artistas recebem cachês exorbitantes e se transformam em milionários cantando músicas fúteis e imbecis, É ERRADO.
Quase tudo é errado, o que é certo é que dignidade, talento e capacidade devem ser tratados não com amor, mas investimentos. EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE, dai talvez tenhamos um país digno do esforço da sua gente brava e guerreira. O resto, é micareta-sertaneja de tchus e tchas, leleles para a boiada burra passar.